"Não quero virar uma velha chata, tenho medo disso. Não quero ser uma velha má, rabugenta, mal humorada. Não quero conviver com essa Regina chata", disse a atriz Regina Duarte no quadro "O Que Vi da Vida" que foi exibido pelo "Fantástico" neste domingo (5).
Regina que completa 65 anos hoje, relembrou episódios da infância, do início da carreira e personagens memoráveis que a lhe concederam o rótulo de "namoradinha do Brasil".
Não quero nunca me acomodar, ir no mais fácil, quero ir me colocando em perigo, assim consigo evoluir", afirmou Regina referindo-se ao desejo de sempre interpretar personagens inovadoras, caso da Crô do remake de "O Astro". "Tudo o que me aconteceu é lindo, está na parede da memória, tenho gratidão, mas viver o hoje é o grande desafio", prosseguiu.
Regina contou que aos 10 anos de idade fugiu de casa e foi encontrada pelos pais em uma estação de trem declamando poesias e que o pai só deixava os filhos - ao total 4 - ouvirem música clássica e bossa nova. O primeiro trabalho veio aos 14 anos, ao ler no jornal que estavam abertos testes para a montagem de "O Auto da Compadecida", peça de Ariano Suassuna.
PAPÉIS MARCANTES - Regina citou o seriado "Malu Mulher" como uma das "fases mais excitantes" da carreira: "Eu sabia que estava fazendo uma coisa nova, ,que nunca tinham falado antes", garantiu ela que citou o debate sobre o aborto como um dos feitos mais transgressores.
Outra personagem que tem lugar no coração da atriz é a viúva Porcina de "Roque Santeiro": "Eu não tinha noção da personagem, sabia que era uma nordestina espalhafatosa. Foi a época que mais dei risada trabalhando. Ria lendo, decorando, gravando, assistindo", disse.
"Tive a sorte de ter recebido personagem extraordinários", agradeceu Regina Duarte.
Quanto à religão, a atriz revelou que acredita em deus, "mas um deus interno". "Acredito num deus cego, que mata, arrebenta, destrói, inunda, um deus que é o ser humano, a natureza, o planeta, o cosmo", finalizou
Fonte: UOL
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